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Meio ambiente e ações coletivas: uma análise dos movimentos ambientais-urbanos e seus desdobramentos em Belo Horizonte no contexto recente.
Abstract:
A participação social, sob os registros da ação coletiva, movimentos sociais e sociedade civil tem sido associada às potencialidades emancipatórias de construção de identidades coletivas de democratização e mudança social. (Warren, 2001; Santos,2001). Nas últimas décadas alargaram-se as agendas e formas de ação coletiva, trazendo à cena movimentos sociais e associações organizadas a partir de diversas bases e plataformas temáticas. No que se refere aos movimentos ambientalistas, a partir de sua emergência no século anterior destaca-se a pluralização de atores coletivos e de pautas nas diferentes escalas, do global ao local. No Brasil contemporâneo, destaca-se a expansão e pluralização da sociedade civil, de suas formas de organização e ação coletiva (Dagnino, 2002; Avritzer, 1995, 2009; Gohn, 2009). A trajetória de redemocratização marcou-se pela emergência na cena política de atores societários que se mobilizam, influenciando a Constituição de 1988 e a legislação das políticas públicas, impulsionando a criação de instituições participativas. Já a partir de 2013, abriu-se um ciclo de mobilização societária com agendas diversas associadas ao contexto nacional, seguido por manifestações de oposição ao golpe parlamentar em 2016. No caso de Belo Horizonte, ao lado das mobilizações endereçadas à esfera nacional ganham evidencia movimentos locais voltados para a tematização da cidade e suas múltiplas dimensões, dentre as quais as pautas ambientais nas interfaces com a questão urbana. Na última década, o governo local desfavoreceu as práticas participativas institucionalizadas e não privilegiou as questões ambientais. Nesse contexto, a efervescência sociopolítica do país traduziu-se, na cidade, em movimentos de resistência que ocupam os espaços públicos com temas locais, com destaque para os movimentos ambientalistas em foco, com novos repertórios de ação, desde encontros e eventos lúdicos à ampla utilização das redes sociais virtuais. Esses movimentos e ações coletivas alinham-se com a preservação de áreas verdes e direito à cidade, em oposição à especulação imobiliária e mercantilização da cidade, bem como a defesa da apropriação democrática do espaço urbano. Destacam-se movimentos como “ Jardim América”, “Fica Ficus”, “ Salve a Mata do Planalto”, “ Mata do Mosteiro” e mais recentemente o “S.O.S. Parque das Mangabeiras”, que se voltam para questões ambientais e urbanas, pela manutenção dos remanescentes vegetais e dos referentes identitários para a população local. Nessa linha, inscrito em uma pesquisa de maior envergadura, o trabalho tem objetiva mapear os movimentos ambientais urbanos atuantes na cidade nas duas últimas décadas. O modelo de analise deriva da revisão da literatura sobre movimentos sociais e examina: quem são os atores coletivos; como se organizam e quais são as suas formas e os seus repertórios de ação coletiva; e, especialmente, como têm afetado as politicas locais.
Área(s) temática(s):
1. Administración Pública
Año:
2017
Tipo de publicación:
Paper/Extenso Congresos GIGAPP
Palabras clave:
Congreso GIGAPP
Número:
GIGAPP2017
Serie:
VIII Congreso Internacional en Gobierno, Administracion y Politicas Publicas
Dirección:
Madrid, España
Organización:
GIGAPP. Asociación GIGAPP
Mes:
Septiembre
Comentarios:
Propuesta aceptada Ponencia/Comunicacion 2017-32 Gobernanza y Participacion Social en la Administracion Pública
abs_621_15045636652017-32Meioambienteeaescoletivas-umaanlisedosmovimentosambientais-urbanosemBeloHorizontenocontextorecente.pdf
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