Políticas públicas em educação de jovens adultos: o livro eletrônico como ferramenta de incentivo à leitura.

Abstract:
Fiel reflexo de sua época, o livro é protagonista da história, refletindo comportamentos sociais, crenças, avanços tecnológicos etc. O leitor transformou-o em símbolo de conhecimento, status e poder, impregnando-o de intensa carga simbólica. Leitores são guiados por desejos e necessidades, buscando o resultado da relação conforto/estímulo, onde o primeiro considera-se a sensação de segurança e/ou aceitação social; o estímulo positivo ou negativo do sistema nervoso central. Leitor sofre as mesmas influências que outros consumidores e o estudo de seu comportamento avalia como seleciona formatos (papel, desktop, notebook, tablet, e-reader ou smartphone). Porém, a decisão não se pauta somente pela tecnologia, conveniência ou custos. Pesando a chamada cultura da tela. Tecnologias digitais transformaram processos, libertando-os da inflexibilidade e lentidão do papel. O leitor vira coautor, que busca conhecimento onde ele estiver. A palavra japonesa Sunao sintetiza este espírito, designando pessoas com mente livre, sem amarras, que aprendem de qualquer fonte, tempo e lugar. Assim, o e-book pode auxiliar políticas públicas educacionais entregando qualidade técnica e conteúdo relevante, a baixo custo. Academia e editores não conhecem as melhores estratégias para difundir o uso do e-book, considerando que as principais preferências dos leitores são desconhecidas. Este é um mundo nebuloso a ser descoberto. Adolescentes e jovens adultos, perfis voltados ao mundo tecnológico, preferem livros impressos aos e-books. Grupos alegam dificuldade para manusear e-books. Todavia, pode-se afirmar que a origem desta dificuldade é mais psicológica do que tecnológica. Outros, veem o e-book como não indicado para crianças, pois elas reteriam menos informações, prejudicando a assimilação, além de interferir na qualidade do sono. Assume o conceito do meio como mensagem e extensão do homem. O debate sobre o uso escolar apenas começou. Há quem defenda que a assimilação de conteúdo é menor no meio digital. Outros afirmam que interatividade das telas sensíveis impulsiona aprendizado. Desconsiderando divergências, escolas investem na transição para o e-book, estimando-se que nos Estados Unidos foram investidos cerca de 1,6 bilhão de dólares neste processo. Governos necessitam de dados e informações para subsidiar políticas públicas. Quais caminhos seguir? Quais técnicas e ferramentas utilizar? Tudo é novo, tornando imprescindível a Administração Pública entender mecanismos deste processo. Apesar do avançado estágio na pesquisa acadêmica relativa ao comportamento do leitor tradicional, há pouco sobre este universo. O e-book verifica vertiginoso crescimento. Por exemplo, cinco editoras norte-americanas doaram, desde 2015, mais de USD 250 milhões em e-books para a The Digital Public Library of America; Obama prometeu acesso a e-books para alunos de escolas públicas, por meio da ConnectED Library Challenge. Este trabalho apresenta as possibilidades para o Brasil utilizar o e-book como ferramenta nas políticas públicas de educação e cultura, objetivando a melhoria da formação cidadã.
Área(s) temática(s):
Año:
2017
Tipo de publicación:
Paper/Extenso Congresos GIGAPP
Palabras clave:
Congreso GIGAPP
Número:
GIGAPP2017
Serie:
VIII Congreso Internacional en Gobierno, Administracion y Politicas Publicas
Dirección:
Madrid, España
Organización:
GIGAPP. Asociación GIGAPP
Mes:
Septiembre
Comentarios:
Propuesta aceptada Ponencia/Comunicacion 2017-40 Políticas Culturales desarrollo y gestion pública
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