Planejar o planejamento: contradições na elaboração dos planos municipais

Sofia Reinach, Maria Amelia Jundurian Cora
Abstract:
No Brasil, os governos são eleitos a cada quatro anos. Esse tempo determinado de governo, bem como a necessidade de passar por um período eleitoral com incertezas e resultados a serem apresentados, faz com que o planejamento de médio e longo prazo seja um desafio no contexto brasileiro. Para tanto, os municípios têm sido desafiados em criar Planos de médio e longo prazo em áreas como resíduos sólidos, saneamento básico, mobilidade urbana, cultura, segurança pública, entre outros. Mesmo contando legislação específica, a realização dos planos tem sido um desafio complexo no âmbito municipal (COELHO, FREITAS, MANCINI, 2016). Por meio de um referencial teórico de autores que recentemente vem atualizando as reflexões sobre planejamento público (DE TONI, 2014; DEPES, 2014; DERY; 1984; MENEZES, 2005), esse texto tem por objetivo discutir as dificuldades existentes ao tratar de planejamento de médio e longo prazo no Brasil quando isso não é uma obrigação legal. O exemplo a ser utilizado é o Serviço Funerário Municipal de São Paulo que carece de ações de longo prazo para mudar a qualidade do serviço ofertado e a manutenção dos espaços fúnebres. Esse é um assunto que já é relegado ao abandono, uma vez que trata de um tema tabu na sociedade. Ao inseri-lo num contexto de gestão municipal que possui ciclos de quatro anos, o planejamento de médio e longo prazo torna-se agenda sem qualquer prioridade para os gestores da pasta.
Área(s) temática(s):
Año:
2016
Tipo de publicación:
Paper/Extenso Congresos GIGAPP
Número:
2016-128
Serie:
VII Congreso Internacional en Gobierno, Administración y Politicas Públicas. GIGAPP 03-05 octubre 2016.
Dirección:
Madrid, España
Organización:
GIGAPP. Asociación Grupo de Investigacion en Gobierno, Administración y Políticas Públicas
Mes:
Octubre
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