Hannah Arendt assevera que o homem ao viver na polis envolve-se necessariamente com a ação, com algum sistema político e, consequentemente, com valores também políticos. Discutir o bem comum como um princípio e estratégia política para a gestão e desenvolvimento de cidades pode nos sugerir pontos de vista inesperados e caminhos futuros, tais como : a intersetorialidade de políticas públicas, a complexidade dos fatos em suas variadas dimensões, a coparticipação de atores, a descentralização de poderes, a descoberta de novos e não tradicionais bens comuns, novas formas de ação colaborativa, um novo sistema de normas ou outros novos pontos. Trabalhos que tratem de relacionar o debate teórico, as experiências práticas e metodológicas que envolvam a leitura do bem comum na construção de políticas públicas e gestão de cidades/metrópoles e que busquem renovar as abordagens sobre o desenvolvimento territorial serão muito bem-vindos.